Casa
de Bambu (House of Bamboo) realizado em 1955
pelo cineasta Samuel Fuller (1912-1997) foi uma das mais brilhantes utilizações
do Cinemascope já exploradas no mundo
da Sétima Arte. Com o surgimento desta nova técnica em formato de projeção que
acabou revolucionando esteticamente todo o cinema desde então, nada mais
imperativo do que levar suas câmeras para a “Terra do Sol Nascente”, o
Japão. O novo processo de tela exigia que
fossem produzidas fitas onde as locações fossem lugares autênticos, e logo as
plateias clamavam por novas paisagens. Se a Metro-Goldwyn-Mayer foi a pioneira
no “continente negro”, a África, através da obra As Minas do Rei Salomão (King
Solomon's Mines, 1950), de Andrew Marton e Compton Bennett- A Fox seria a
primeira in loco a explorar o
misterioso oriente.
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O Cineasta Samuel Fuller (1912-1997) |
Coube a
Buddy Adler (1909-1960), produtor e roteirista, a responsabilidade de coordenar
os quatro primeiros filmes da Fox rodados no Japão. Um deles conquistou as
plateias, obtendo enorme sucesso de bilheteria: Suplício de uma Saudade, em 1955. Depois, dois filmes dirigidos por
Edward Dmytryk, que em realidade nada acrescentaram de novo a sua carreira de
diretor, embora fosse curioso ver Humphrey Bogart vestido de padre em Do Destino Ninguém Foge, e Clark Gable
como “soldado da fortuna” em O
Aventureiro de Hong Kong, ambos realizados também em 1955. Entretanto, um quarto filme produzido por
Buddy Adler chama a atenção por elevar-se acima dos três já destacados, e é
justamente Casa
de Bambu. Como
podemos observar 1955 foi um ano de boa safra para a indústria de cinema da
20th Century Fox.
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O Produtor Buddy Adler (1909-1960) |
Produzido há 61 anos, a fita não envelheceu e continua a fazer jus como um espetáculo de destaque onde resiste à erosão do tempo, esta, inimigo implacável do cinema e de tudo. No entanto, é justamente quando se faz uma revisão dos clássicos, alguns podem perder parte da magia cinematográfica, mas não é o que ocorre com essa obra de Samuel Fuller, que soube solidar Casa de Bambu como um dos grandes trabalhos da fase pioneira do Cinemascope.
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CASA DE BAMBU (1955) - Um Conto sobre Gangsters em Tóquio. |
De fato, a
trama não apresenta novidades, onde se trata de um conto de gangsters, cuja ação em vez de se
passar em Chicago ou Nova York é transferida para Tóquio, sem todavia mudar os
métodos de um excitante filme policial. Para o diretor Fuller, representou um
de seus mais expressivos triunfos em sua carreira irregular, cheia de altos e
baixos, onde o equilíbrio aqui exposto é tão raro que, quando corre, parece ser
obra do acaso.
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Robert Ryan é Sandy Dawson, o líder da organização criminosa. |
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Robert Stack é o Sargento Eddie Kenner, escalado para investigar e desbaratar a quadrilha de Dawson. |
Contudo, Sam
Fuller era um cineasta imprevisível, admirado por Jean-Luc Godard, mas que
mesmo sendo um dos grandes nomes da cinematografia mundial, foi um diretor que
não soube manter seus filmes a altura dos prólogos. Quanto a isso, já se fez
até piadas de humor bem construtivo sobre o cineasta e com alguma razão, pois
as sequencias que antecedem os letreiros é sempre o que há de melhor em seus
filmes. Entretanto, o mesmo não ocorre com Casa
de Bambu, pois seu prólogo não oferece nenhuma surpresa excepcional, servindo
apenas como introdução da trama, onde se revela os métodos da gang chefiada
pelo mafioso americano Sandy Dawson (Robert Ryan, 1909-1973).
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Sob uma identidade falsa, de Spanier, Kenner procura a todo custo a localização da quadrilha. |
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Enfim, Kenner os localiza, e ainda se infiltra na quadrilha, conquistando a simpatia de Dawson (Robert Ryan), sob os olhares enciumados de Griff (Cameron Mitchell) |
Em Tóquio na década de 1950, um soldado americano é morto durante assalto ao trem militar onde foram roubadas armas e munições. Contudo, é enviado para o Japão o sargento do exército americano Eddie Kenner (Robert Stack,1919-2003) para investigar e desbaratar esta quadrilha liderada por Dawson, formada por americanos que agem no Japão e que foram combatentes durante a Segunda Guerra. Para isso, o sargento precisa assumir uma nova identidade, sob o nome de Eddie Spanier.
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Breve, Eddie Kenner tem um relacionamento amoroso com Mariko (Shirley Yamaguchi), ex-namorada de um dos membros da quadrilha de Dawson. |
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Mariko e Eddie. |
O modus operandi de Sandy Dawson e sua quadrilha são muito peculiares. Eles assaltam os trens, mata quem estiver por perto estrangulando com correntes, e como norma de conduta da operação, é nunca socorrer os colegas feridos, mas sim elimina-los. A quadrilha sempre age como se estivessem em território americano, cujos métodos brutais eles fazem questão de repercutir em território japonês. Mais tarde, sem que a câmera revele, outro assalto desse porte é executado, ficando mortalmente ferido um membro da quadrilha com o mesmo tipo de projétil que foi morto o soldado americano. Este fato e mais uma foto da amante japonesa do assaltante morto, permite que o sargento Kenner a conheça e trave contato com ela. O nome da amante é Mariko (Shirley Yamaguchi, 1920-2014) e o sargento a pressiona, contudo ele tem que se passar por chantagista barato para conseguir informações que podem leva-lo a quadrilha.
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Sandy Dawson entre Eddie Kenner e Mariko |
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Eddie Kenner se torna braço direito de Dawson. |
Após algumas investigações, Kenner descobre que a quadrilha “controla” a região, além de casas de jogos, e em um destes estabelecimentos, é que inesperadamente o sargento leva um soco de um dos membros da gang, Griff (Cameron Mitchell, 1919-1994), que acaba caindo aos pés do líder da quadrilha, Sandy Dawson. Após várias experiências, Kenner convence Dawson a entrar para a quadrilha, e convencido que ele pode ser de grande ajuda para a organização, Dawson o convida para ingressar, mal sabendo que é um espião infiltrado para desbaratar sua quadrilha. Mas Kenner implacavelmente combate de modo repressivo os marginais, onde ao fim se tem a clássica e vistosa perseguição deste a Dawson, com a indiscutível vitória da lei sobre o crime, perseguição esta que remete o espectador a um clima de suspense Hitchcockiano.
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Uma das cenas mais fortes do filme: o assassinato de Griff (Cameron Mitchell) enquanto tomava banho, por Dawson (Robert Ryan) |
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Dawson descobre um traidor e informante...mas ele acabou matando a pessoa errada. |
Embora tenha um objetivo definido, Casa de Bambu não segue apressado numa linha reta, preferindo fazer algumas revelações ocasionais, deter-se no comportamento psicológico dos personagens, na questão racial, levantada através do suave romance de Kenner com Mariko. Talvez por influencia do ritmo oriental, Samuel Fuller conduz a narrativa com segurança sólida e tranquilidade, num clima de tensão latente, que por vezes explode violentamente na cena em que Dawson (Robert Ryan) mata Griff (Cameron Mitchell) em pleno banho.
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Robert Ryan, ator de competência, é o maior destaque entre os intérpretes em CASA DE BAMBU (1955) |
Fora esses rompantes sempre oportunos e cinematograficamente eficientes, Casa de Bambu é um filme tranquilo e dosado apesar do tema violento, onde o cineasta Fuller evidencia completo domínio do Cinemascope, e numa época em que este processo de projeção ainda era um problema, pois entre outras coisas, tinha a tendência a padronizar os estilos. Quando exibido no Brasil, em abril de 1956, fez parte de um Festival de Cinemascope, promovido pelo Cine-Palácio, no Rio de Janeiro.
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Robert Stack e Shirley Yamaguchi |
O que torna Casa de Bambu capaz de despertar seu interesse é a inegável e absoluta competência do diretor Samuel Fuller, um realizador que deu provas constantes do domínio difícil de suas atividades. Fuller além de cineasta também era jornalista, romancista, e roteirista. Em Casa de Bambu, Fuller não é somente um artesão capacitado que soube manejar os recursos meramente técnicos. Sua direção é viva, através de uma narrativa ágil e na maneira inspirada de muitas das cenas, ou no controle vigoroso dos intérpretes. Além disso, o diretor soube captar com muita sensibilidade os exteriores japoneses, que valorizam o filme.
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Robert Ryan e Robert Stack |
Casa de Bambu em realidade é baseada no roteiro de Harry Kleiner (1916-2007) para o filme Rua Sem Nome (The Street with No Name), de 1948 e dirigido por William Keighley, onde a trama se concentra justamente sobre um agente do FBI (vivido pelo inexpressivo Mark Stevens) que se infiltra numa quadrilha liderada por um gangster (vivido por Richard Widmark) com o objetivo de desbaratá-la. O roteirista Kleiner reescreveu a história, dessa vez passando toda a ação para o Japão, e Samuel Fuller colaborou com diálogos adicionais. A trilha sonora de Leigh Harline (1907–1969) é também um dos pontos altos da fita.De acordo com o diretor Fuller, Gary Cooper estava praticamente escalado para interpretar Eddie Kenner, entretanto, por Cooper ser bastante conhecido no Japão, seria muito difícil ele passar incógnito no meio de tantos transeuntes sem ser reconhecido, por isso, Robert Stack, menos popular na época, foi escolhido para o papel. Victor Mature também chegou a ser considerado para o mesmo papel.
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CASA DE BAMBU (1955) - Shirley Yamaguchi, Robert Stack, Robert Ryan, e Reiko Sato |
Entre os membros da equipe técnica, destaca-se a fotografia de Joseph MacDonald (1906-1968), fotógrafo de alto gabarito, grande aliado de qualquer diretor. O nível de interpretações é de alto nível, onde Robert Ryan lidera e domina graças a sua vigorosa presença, chegando a ofuscar até mesmo o desempenho de seu xará, Robert Stack, o herói da trama. Ryan era um dos atores prediletos de Samuel Fuller (outro era Lee Marvin), entretanto foi uma única que vez que esse brilhante ator atuou para o cineasta. Entre os coadjuvantes, destaque para o ótimo Cameron Mitchell, cuja figura tensa lhe proporciona uma de suas melhores atuações, no papel do enciumado braço direito de Sandy Dawson, cujo lugar perderá com a admissão de Kenner na quadrilha.
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CASA DE BAMBU foi exibido nas salas cariocas em abril de 1956, dentro de um Festival de CinemaScope promovido pelo Cine-Palácio, no Rio de Janeiro, juntamente com outras obras do estúdio. |
Enfim, Casa de Bambu é um policial cheio de vícios e virtudes, próprios e naturais em histórias do gênero, mas realizado com muita competência e habilidade, em estilo inconfundível de Samuel Fuller.
FICHA TÉCNICA
CASA DE BAMBU
(House Of Bamboo)
País –
Estados Unidos (locações no Japão)
Ano: 1955
Direção:
Samuel Fuller
Estúdio: 20th
Century Fox
Roteiro: Harry
Kleiner e Samuel Fuller
Trilha
Sonora: Leigh Harline
Fotografia:
Joseph MacDonald (em cores)
Metragem: 102 minutos
elenco
Robert
Ryan – Sandy Dawson
Robert
Stack – Eddie Kenner
Shirley
Yamaguchi- Mariko
Cameron
Mitchell – Griff
Brad
Dexter – Capitão Hanson
Sessue
Hayakawa – Inspetor Kito
Biff
Elliot – Webber
Robert
Quarry – Phill
De Forest
Kelley – Charley
Reiko Sato
– Garota de Charley
PRODUÇÃO E PESQUISA
Paulo Telles
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Parabéns pelo post, Paulo. Bela pesquisa. A lista de filmes da semana no Festival Cinemascope é um melhor que o outro. Um tributo a Samuel Fuller e a Robert Ryan, um dos meus atores prediletos.
ResponderExcluirOlá Val! Robert Ryan também é um dos meus atores prediletos, talvez o mais predileto de todos em minha admiração, e hoje pouco lembrado. Sobre a lista de filmes no Festival de Cinemascope do Cine-Palácio no Rio de Janeiro em 1956, como vc pode ver foram todos filmes de sucesso.
ExcluirAbraços do editor.
Sou fã de Robert Ryan. E esse filme de Fuller é muito bom!
ResponderExcluirExcelente, esta entre os melhores trabalhos de Fuller.
ExcluirTelles,
ResponderExcluirO Stack poderia ser um ator sem destaque na época, porém, era um bom ator, embora muitos o achassem um canastrão.
E podemos confirmar isso em muitos bons filmes que fez (Palavras ao Vento, A Última Viagem, dentre outros). E pode ter sido sua atuação no filme do Fuller que o enlevou mais na carreira e daí a fazer bons filmes com bons papeis os quais interpretou muito bem.
Já o Samuel Fuller, com efeito, era mesmo um diretor um tanto quanto irregular. Em determinado momento criava o muito bom Agonia e Gloria e logo vinha o péssimo Renegando o Meu Sangue.
Dificil dar posições mais assentadas a respeito do diretor, pois ele criou muitas obras de qualidade inegáveis. Mas...
Eu vi Casa de Bambu, embora há longos e longos anos, não recordando de quase nada para poder fazer um melhor trabalho aqui. Entretanto, o detalhe de um filme que tem o Ryan no seu elenco, está esta pelicula sempre fadada a ser algo que se precise respeitar. Como é o caso do filme em pauta, conforme nosso editor.
E está dificil ver esta pelicula mais uma vez para comparar melhor com a postagem, uma vez não passar maia na TV e ser dificil encontrá-la.
jurandir_lima@bol.com.br
Saudações amigo baiano!
ExcluirAcredito no talento de Robert Stack, muito embora ele não transpire simpatia, mas há de se concordar que com CASA DE BAMBU, ele passou a ter papéis de destaque, como em PALAVRAS AO VENTO e A ÚLTIMA VIAGEM, dois ótimos filmes. Isso talvez o levou a ser escolhido para viver Eliot Ness na famosa série televisiva OS INTOCÁVEIS (1959-1963), que aliás, foi seu trabalho artístico mais marcante, embora tenha sido na TV.
Outro dia estava falando com o nosso amigo Thomaz. Eu tinha este filme em VHS mas infelizmente acabou mofando, e estou a espera de um conhecido me ceder uma cópia em DVD. Nos Estados Unidos, o filme foi lançado em DVD pela Fox Video (no Brasil, lançaram grande parte dos clássicos lançados por lá, mas CASA DE BAMBU ficou cruelmente de fora). Parece que mesmo a edição americana em DVD tem legendas em português.
Telles,
ResponderExcluirDepois que digo minhas falas sobre as postagens, volto e leio tudo o que já foi dito. Nunca faço ao contrario, ou seja, ler o que está escrito por nossos colegas antes de dar minha opinião.
Ainda bem, porque tudo o que mais vejo comentado aqui são elogios mil ao grande ator Robert Ryan, tendo todas as falas vosso vigoroso apoio, e com a máxima razão.
O Ryan foi um dos mais completos atores que pude me prazeirar vendo-o atuar. Ele era tão natural, tão perfeito, que nem parecia que interpretava nos seus trabalhos e sim que viamos momentos de sua realidade, de seu cotidiano, de sua vida real. Sensacional!
Parabens para todos que elogiam este maravilhoso homem do cinema, assim como para ti que assina em baixo no que dizem nossos colegas de comentários.
Abração a todos
jurandir_lima@bol.com.br
Dificilmente nos dias de hoje há um ator carregado de talento e naturalidade como Robert Ryan. O mais curioso sobre ele é que ele não era ostentador como ator e nem se gabava de ser um astro de Hollywood. Muito pelo contrário. Sua vida se resumia apenas em trabalhar, atuar, família (esposa e três filhos), e principalmente, em ser um ativista pelos direitos humanos ("direitos humanos" mesmo, não a visão que se tem no Brasil) e pelos direitos civis, isto é, um verdadeiro humanitário. Ele preferiu morar em Nova York, em um modesto apartamento com a família, do que em ricas mansões de Beverly Hills. Era um ator consciente, que não ligava para os holofotes. Talvez essa seja sua marca registrada somada ao verdadeiro talento que era possuidor.
ExcluirAbraços do editor!
Telles,
ResponderExcluirEstá aí em suas palavras então o resumo do que é ser um cavalheiro, um ser humano de verdade, uma pessoa de caráter límpido e de comportamento e gestos simples de viver.
Tentei dizer algo dele como tu falas. Mas não encontrei as palavras certas. E vossa decolagem sobre o GRANDE HOMEM que o Ryan foi, me encheu de inveja. Adoraria ter sido eu quem houvesse dito tudo isso dele, porque ali morava um verdadeiro ator, um homem enorme, um cavalheiro digno de loas e a pessoa que eu gostaria de ser.
Parabens por sua visão sobre o nosso querido e agradável ROBERT RYAN, assim como REMETO TAMBÉM MEUS parabens para todos os nossos companheiros que vêm este GRANDE HOMEM como ele o era.
PS; falo "vêm" e não "viam" o Ryan como era, porque ele segue vivo em seus filmes, para nosso deleite em seguir vendo-o.
jurandir_lima@bol.com.br
Telles,
ResponderExcluirComo isto aqui é um espaço para falarmos de cinema, vou dar um informe para o amigo e outros bons cinefilos e/ou companheiros de blog: o Ryan fez um filme em 1952 ao lado de Rock Hudson e James Arness. A fita foi dirigida por Bud Boetticher e é um faroeste chamado Imperio do Pavor.
Olha amigos; é um filme simples, porém tão bom de assistir e tão bem administrado pelos bons atores e por Bud, que quando falo no Ryan esta fita me vem logo à cabeça.
Amo este western não apenas por ser um faroeste, que gosto tanto, mas pela serenidade com que Ryan faz seu papel, pela naturalidade como o interpreta e pela qualidade meio mágica de um filme simples, mas que indico para quem deseje assistir a algo de enorme agrado.
Ainda do Ryan, além de recomendar tudo o que fez, indico a quem não o assistiu a ver também SO A MULHER PECA, com ele mais uma vez sensacional ao lado da Stanwick. Aquilo ali que o Ryan faz nesta fita não é interpretar e sim dar uma aula de interpretação.
No filme existe ainda o Paul Douglas, creio também que na maior interpretação e papel que pegou na sua carreira, e ainda a Marilyn Monroe. O filme é também de 1952 e dirigido pelo Fritz Lang.
É isso aí, amigo.
Abraço. E se não viu estas duas fitas, lute para ve-las.
Tenho comigo Imperio do Pavor. Mas o computador não aceita copias do DVD de jeito algum.
Lamentavelmente.
jurandir_lima@bol.com.br
IMPÉRIO DO PAVOR é de fato um ótimo faroeste, aliás, mencionado em um artigo sobre ROCK HUDSON publicado em novembro do ano passado, e o amigo baiano ainda não visitou. Ryan, de fato, viveu um personagem ambíguo neste western, pois o que parecia ser um "mocinho" acaba mudando de lado. Tenho uma edição em DVD da Universal, produtora da fita.
ExcluirSÓ A MULHER PECA é uma obra que não revisito faz tempos, e preciso rever, onde Ryan interpreta talvez um dos personagens mais nojentos que pude ter o desprazer e prazer de conhecer ao mesmo tempo, visto a magnificência de sua interpretação, e o filme tem outras sublimes interpretações, contando com Barbara Stanwyck e Paul Douglas, e Marilyn Monroe em início de carreira, mas que também marca presença.
As considerações sobre Robert Ryan que tão bem o definiu, amigo Ju, são de grande revelia, pois só demonstram o verdadeiro legado de interpretações e da história de vida de um homem ímpar e notável.
Grande abraço!