Tarzan- O Rei das Selvas, criação literária
do escritor Edgar Rice Burroughs (1875-1950) recebeu no cinema através dos anos
um tratamento nada fiel aos propósitos de seu autor.
Façamos uma retrospectiva do personagem no cinema, desde Elmo Lincoln em 1918 (ainda na fase silenciosa da Sétima Arte), atravessando o monossilábico (e favorito no
conceito popular) Johnny Weissmuller (cujo reinado durou de 1932 a 1948), e seus demais intérpretes, como Lex Barker, Gordon Scott, Jock Mahoney, Mike Henry,
Ron Ely (na TV), Christopher Lambert que atuou numa produção fiel ao livro de Burroughs
em adaptação dirigida por Hugh Hudson em 1984, e a mais recente versão, A Lenda de Tarzan (The Legend
of Tarzan), dirigida pelo veterano cineasta inglês David Yates, e com Alexander
Skarsgård como o mais novo Homem Macaco
das telas. Uma retrospectiva com os mais célebres intérpretes de TARZAN na Sétima Arte. (Atualizado em 21 de julho de 2018).
Por
Paulo Telles.
Vinte e Três atores (contando com Alexander Skarsgård, o mais
novo Tarzan do cinema) viveram o Rei das
Selvas em mais de 50 filmes, seja no cinema ou na TV. O herói por excelência, de princípios morais
rígidos, defensor da justiça, ágil e intrépido, viveu aventuras que fascinaram
gerações desde que estreou nas telas de cinema, sob a incorporação de Elmo Lincoln. Inegável dizer que o Senhor
Absoluto das Selvas foi um dos grandes campeões de bilheteria, onde cerca
de 75% das rendas auferidas com seus filmes vinha do exterior.
Sr. Edgar Rice Burroughs (1875-1950) - O Criador de TARZAN.
Contudo, a maioria das produções não refletia o espírito proposto para o herói e nem os ideais do escritor Edgar Rice Burroughs (1875-1950), o
criador do personagem. Para Burroughs, Tarzan representava, além de coragem e
ousadia, a defesa dos fracos e oprimidos, o amor pela natureza e pelos animais,
e também pela liberdade. Seus livros são publicados até hoje em 37 idiomas e
estão em todos os cantos do mundo. Mas a aventura mais imprevisível do Homem Macaco só veio em 1918, quando o
personagem foi para o cinema.
Cercado por uma vasta coleção de livros, Edgar Rice Burroughs tem em mãos uma edição de Tarzan.
No cinema, Tarzan criou vida própria, saindo do controle de Burroughs, e muito diferente do perfil criado em seus livros. Vamos relembrar um pouco os intérpretes do Homem Macaco através do tempo.
O
Cinema Mudo
ELMO
LINCOLN (1889-1952)
Elmo Lincoln (1889-1952) foi o primeiro intérprete do Rei das selvas, estrelando Tarzan dos Macacos (Tarzan of The Apes), um dos primeiros 6 filmes mudos do personagem
a faturar um milhão de dólares.
Elmo Lincoln, o primeiro Tarzan do Cinema.
Críticos e historiadores do cinema reconheceram que Lincoln
interpretou o papel esplendidamente, tanto que um confronto simulado
transformou-se em realidade. Numa cena em que ele lutaria com um leão para
salvar a amada Jane (Enid Markey, 1894-1981), ele agarrou a fera pelo rabo e o
puxou para si. O leão não gostou e se virou para Elmo e começou a mordê-lo.
Elmo pegou sua faca e lutou com ele. Acabou matando, de verdade, o leão no set
de filmagem.
Com Lincoln, Enid Markey, a primeira Jane das telas.
Foi uma experiência chocante para o ator.Lincoln ainda viveria o personagem em mais dois
trabalhos: O Romance de Tarzan (The Romance of Tarzan), ainda em 1918,
onde Tarzan visita a Inglaterra, terra natal de seus pais, para reaver seu
título de Lord Greystoke e se casar
com Jane; e As Aventuras de Tarzan (The Adventures of Tarzan), em 1921, onde
o herói arrisca sua vida para conseguir as Joias de Opar.
FILMOGRAFIA
DE TARZAN COM ELMO LINCOLN.
1-TARZAN DOS MACACOS
(Tarzan of the Apes) - Ano: 1918. Direção:
Scott Sidney
2-O ROMANCE DE TARZAN
(The Romance of Tarzan) - Ano: 1918. Direção: Wilfred Lucas
3-AS AVENTURAS DE TARZAN (The Adventures of Tarzan) - Ano: 1921.
Direção: Robert F. Hill e Scott Sidney
GENE POLLAR
(1892-1971)
Em 1920, sem contar com a presença de Elmo Lincoln, um
novo ator vestiu a pele do Homem Macaco.
Um bombeiro de Nova York, de 1m90 e sem nenhuma experiência em artes cênicas,
foi escolhido para viver Tarzan. Seu nome era Gene Pollar (1892-1971), em A Vingança de Tarzan (The Revengeof Tarzan) e seu salário era de 100 dólares por semana.
Gene Pollar, com Karla Schramm como Jane: A VINGANÇA DE TARZAN (1920).
Já nesta época, a censura estava bem de perto vigiando os
passos da indústria cinematográfica, e um peito masculino nu não era aceitável.
Logo, Pollar foi o primeiro Tarzan a usar uma pele de leopardo sobre o ombro,
que cobria mais o corpo. Desiludido com os maquinismos da indústria cinematográfica
por trás dos bastidores, e um contrato em discussão, o segundo Tarzan do cinema
se demitiu, e voltou a ser bombeiro.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM GENE POLAR.
1- A VINGANÇA DE TARZAN (The Revenge of Tarzan). Ano: 1920.
Direção: Harry Revier, George M. Merrick
Dempsay Tabler, o Tarzan de pior físico.
P. DEMPSEY TABLER (1876-1956)
Em 1920, Edgar Rice Burroughs lançou seu recente livro
sobre Tarzan, O Filho de Tarzan (The Son of Tarzan), e os produtores de
cinema imediatamente resolveram transformar em filme no mesmo ano. E novamente
a imagem do Rei das Selvas sairia perdendo. P. Dempsey Tabler (1876-1956) é
considerada a mais péssima escolha para o papel. Barrigudo, e careca feito um
ovo, era inexperiente no cinema e provinha da Broadway. O pior físico de todos
os interpretes de Tarzan.
Kamuela C. Searle como Korak, filho de Tarzan
A história se concentrava nas aventuras de Korak, o filho do herói. Durante as filmagens, o ator que viveu Korak, o havaiano Kamuela C. Searle (1890-1924) sofreu gravemente ferimentos de um elefante enquanto estava amarrado a uma estaca para a rodagem de uma das cenas. O ator morreu três anos depois, de câncer.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM DEMPSEY TABLER.
1- O FILHO DE TARZAN (The Son of
Tarzan). Ano: 1920. Direção: Arthur J.
Flaven, Harry Revier.
JAMES
PIERCE (1900-1983)
O próprio Edgar Rice Burroughs descobriu o próximo Tarzan
para o cinema. Numa festa em seu rancho, avistou um jovem chamado James Pierce
(1900-1983), 15 cm mais alto que todos os intérpretes, e tão logo o viu, gritou
para todos os convidados: “Vejam, lá está
o Tarzan”. Pierce era enorme, bonito e musculoso.
James Pierce (junto com Frederick Peters) em TARZAN E O LEÃO DE OURO (1927)
Em 1927, Pierce viveu o
personagem em Tarzan e o Leão de Ouro
(Tarzan and the Golden Lion), que foi
desaprovado pela crítica, em parte, devido à atuação de Pierce. Este nunca mais
interpretou Tarzan no cinema, mas casou com Joan Burroughs, filha do criador do
personagem, e juntos gravaram mais de 500 programas de Tarzan na rádio,
escritos e produzidos por Burroughs.
James Pierce, o Tarzan escolhido por Edgar Rice Burroughs.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM JAMES PIERCE.
1- TARZAN E O LEÃO DE
OURO (Tarzan and the Golden Lion). Ano: 1927. Direção: J.P. McGowan
FRANK
MERRILL (1893-1966)
Em 1928, Frank Merrill (1893-1966), que havia sido dublê de Elmo Lincoln, assumiu o papel. Era um ginasta convicto, e era verdadeiramente bom quando se tratava em "viajar" nos cipós, uma coisa que se tornou marca registrada dos filmes de Tarzan.
Frank Merrill em TARZAN, O PODEROSO (1928)
Estreou em Tarzan, o Poderoso (Tarzan the Mighty) em 1928. No ano seguinte, Tarzan, o Tigre (Tarzan the Tiger), que foi lançada nas versões muda e falada, e Merril nos ofereceu outra inovação: o primeiro Grito de Tarzan, o grito de vitória dos grandes macacos. Mas Merrill e seu grito não vieram a sobreviver no cinema falado, e em 1931, começou a caçada para o próximo Tarzan, numa fase de importante transição para o cinema.
Frank Merrill, com Natalie Kingston (como Jane) e Al Ferguson: TARZAN, O TIGRE (1929)
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM FRANK MERRILL.
1- TARZAN, O PODEROSO (Tarzan
the Mighty). Ano: 1928. Direção: Jack
Nelson, Ray Taylor
2-TARZAN, O TIGRE (Tarzan
The Tiger). Ano: 1929. Direção: Henry
MacRae
O
Cinema Sonoro
JOHNNY
WEISSMULLER (1904-1984)
Com o advento do cinema sonoro, a partir de 1929, se
intensificaram as buscas para o novo Tarzan do cinema, uma busca só comparada
não muito tempo depois para preencher o papel de Scarlett O’ Hara no clássico E O Vento Levou, onde a escolhida acabou
sendo Vivien Leigh.
Johnny Weissmuller: O Maior Tarzan entre todos os intérpretes no conceito popular.
Atleta e campeão olímpico de gloriosos feitos em natação
(ganhou nos jogos olímpicos de 1924 e 1928 na modalidade), o húngaro mais tarde
naturalizado americano Johnny Weissmuller (1904-1984) era considerado o Tarzan
ideal para as telas. Após testes (entre os quais se submeteram, entre outros Stars, Clark Gable), Weissmuller foi
escolhido pelo cineasta W.S. Van Dyke (1889–1943) para viver o Rei das selvas em seu primeiro filme
sonoro e o primeiro realizado por um grande estúdio em ascensão, a Metro
Goldwyn Mayer, Tarzan, o Filho das Selvas (Tarzan, The Ape Man, 1932). Van Dyke teve o melhor Tarzan e a melhor Jane, segundo o Vox Populi. No papel da mulher amada por
Tarzan, Maureen O’ Sullivan (1911-1998), doce e bela, além de uma ótima atriz.
Poster de TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (1932)
Weissmuller e Maureen O' Sullivan, a primeira Jane da era sonora.
Weissmuller viveu o personagem em seis filmes para a MGM, sendo que o melhor é A Companheira de Tarzan (Tarzan and his Mate), realizado em 1934
por Cedric Gibbons (1893-1960), onde se destacou as cenas idílicas entre Tarzan
e Jane em um belíssimo banho de cachoeira que mostra a nudez de Maureen O’
Sullivan. A cena foi posteriormente cortada por determinação das Ligas de DecênciaAmericana, que controlavam a censura em Hollywood. Ainda na fita,
há uma cena onde há uma magnífica luta entre Tarzan e um crocodilo, cena esta
reaproveitada em outros filmes do herói estrelado pelo mesmo ator.
Weissmuller, Maureen, Johnny Sheffield (como Boy), e Chita
Por pouco, a plateia se viu sem a presença de O’ Sullivan
e sua Jane. No filme O Filho de Tarzan (Tarzan Finds a Son), sua personagem
morreria no final, mas a tempo o estúdio percebeu que não lucraria com isso e a
decisão foi modificada na última hora.
Já na RKO, Weissmuller e John Sheffield com a nova Jane, Brenda Joyce.
A partir de 1943, Weissmuller e seu Tarzan se
transferiram para os estúdios da RKO, contudo sem Maureen O’ Sullivan, que
sendo uma atriz de prestígio (uma das melhores de sua época) não queria estar
presa ao papel. Sol Lesser (1890-1980) produziu outros seis filmes no novo
estúdio, contudo, a RKO não tinha os mesmos requintes da Metro, sendo os custos
das produções mais baratas, com cenários mais artificiais. Nas produções da
RKO, Jane foi interpretada pela loura (às vezes, ruiva) Brenda Joyce
(1917-2009).
Weissmuller e seu grito espetacular dos grandes macacos!
Foi a partir de Weissmuller que conhecemos o seu famoso
grito. Na verdade, foi uma criação do Departamento de Som da MGM, que tornou
perfeito o grito somente em 1934. Era uma combinação de quatro efeitos sonoros:
o blaterar de um camelô, a gargalhada de uma hiena, o rosnado de um cachorro, e
a vibração da corda de um violino, acoplados ao grito de Johnny Weissmuller.
Edgar Rice Burroughs posa em uma foto ao lado de Maureen O' Sullivan e Johnny Weissmuller.
Edgar Rice Burroughs gostou de Weissmuller, mas a
característica de Tarzan levada para as telas não é a mesma que ele criou em
seus livros- um nobre inglês que se sentia a vontade na selva, ou num traje de
gala numa ópera em Paris. Burroughs não estava feliz com o seu senhor das selvas reduzido a um homem
macaco monossilábico, como era a interpretação de Weissmuller, por determinação de roteiristas e do estúdio.
O TRIUNFO DE TARZAN (1943) - O melhor dos seis filmes estrelados por Weissmuller (na foto, com Frances Gifford) na RKO.
Uma das lembranças favoritas de Johnny Weissmuller sobre sua interpretação era a de uma admoestação que certa vez quando, em lugar de dizer “Vá embora”, como mandava o roteiro, acrescentou “depressa!”. O diretor gritou “corta!” e fulminou o ator: “Johnny, nós não queremos discursos!” Seja como for, para a grande maioria das plateias, Johnny Weissmuller se tornou o favorito (e o maior) entre todos os intérpretes.
Weissmuller conversando com o diretor Cedric Gibbons, durante um intervalo de filmagem, ainda na MGM.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
JOHNNY WEISSMULLER.
1-TARZAN, O FILHO DAS
SELVAS (Tarzan the Ape Man). Ano: 1932. Direção: W. S. Van Dyke.
2- A COMPANHEIRA DE
TARZAN (Tarzan and his Mate). Ano: 1934. Direção: Cedric Gibbons.
3-A FUGA DE TARZAN
(Tarzan Escapes). Ano: 1936. Direção: Richard Thorpe.
Lobby Card de A FUGA DE TARZAN (1936)
4-O FILHO DE TARZAN
(Tarzan finds a son). Ano 1939. Direção: Richard Thorpe.
5-O TESOURO DE TARZAN
(Tarzan's Secret Treasure). Ano 1941. Direção: Richard Thorpe.
6-TARZAN CONTRA O MUNDO
(Tarzan's New York Adventure). Ano: 1942. Direção: Richard Thorpe.
Lobby Card de TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (1932)
7-O TRIUNFO DE TARZAN
(Tarzan Triumphs). Ano: 1943. Direção: Wilhelm Thiele.
8-TARZAN E O MISTÉRIO DO
DESERTO (Tarzan's Desert Mystery). Ano: 1943. Direção: Wilhelm Thiele
9-TARZAN E AS AMAZONAS
(Tarzan and the Amazons). Ano: 1945. Direção: Kurt Neumann.
10- TARZAN E A MULHER
LEOPARDO (Tarzan and the Leopard Woman). Ano: 1946. Direção: Kurt Neumann.
Lobby Card de O TRIUNFO DE TARZAN (1943)
11- TARZAN E A CAÇADORA
(Tarzan and the Huntress). Ano: 1947. Direção: Kurt Neumann.
12- TARZAN E AS SEREIAS (Tarzan and the Mermaids). Ano: 1948. Direção: Robert Florey.
BUSTER
CRABBE (1908-1983)
Havia outra complicação no início da década de 1930.
Através de uma divisão, dois direitos distintos estavam disponibilizados para
produzir Tarzan no cinema. Após o lançamento de Tarzan, o Homem Macaco, primeira fita de Johnny Weissmuller, o
produtor independente Sol Lesser obteve essa opção que estava solta no ar, e
anunciou que faria um filme de Tarzan, e naturalmente, não podia ter
Wiessmuller que tinha contrato com o estúdio da Marca do Leão.
Buster Crabbe como Tarzan (ao lado de Symona Boniface) em TARZAN, O DESTEMIDO (1933)
Lesser precisava
encontrar outro ator para viver Tarzan. Ele pensou: “já que um nadador campeão estava se dando bem na MGM, por que não um
outro nadador campeão?”
Larry “Buster” Crabbe (1908-1983), medalha de ouro em
natação nas olimpíadas, e que ficaria mais tarde famoso como o herói Flash Gordon em três seriados para a
Universal, competiu contra o próprio Weissmuller na água. Agora havia sido contratado
para derrubá-lo do pódio de campeão de bilheteria. Tarzan, o Destemido (Tarzan
the Fearless), realizado em 1933 com Crabbe no papel, não afastaram os
cinéfilos que amavam a interpretação de Johnny Weissmuller. Ainda assim, era
também monossilábico (talvez pior que Weissmuller!).
Crabbe como Tarzan ao lado de Jaqueline Wells (mais tarde Julie Bishop) - TARZAN, O DESTEMIDO (1933)
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
BUSTER CRABBE.
1-TARZAN, O DESTEMIDO
(Tarzan the Fearless). Ano: 1933. Direção: Robert F. Hill
HERMAN BRIX (BRUCE BENNETT,1906-2007)
Edgar Rice Burroughs decidiu produzir o seu próprio filme
de Tarzan. Estrelado por Herman Brix (1906-2007,mais tarde trocou seu nome para
Bruce Bennett) e realizado na Guatemala, Edgar estava determinado a mostrar
Tarzan do seu jeito para o mundo.
Herman Brix (mais tarde, Bruce Bennett), em: AS NOVAS AVENTURAS DE TARZAN (1935)
Em 1935, pela primeira vez depois de muitos
anos, o público via um Tarzan bem diferente, mais educado e articulado, o
personagem que o escritor havia traçado em seus livros. As Novas Aventuras de Tarzan (TheNew Adventures of Tarzan, 1935), seguido
de seu complemento, Tarzan e a Deusa
Verde (Tarzan and the Green Goddess,
1938), fracassou no destronamento de Weissmuller. Este, ainda ficaria mais dez
anos no trono. Os dois filmes com Brix seriam condensados e transformados em um seriado para o cinema.
Herman Brix dando uma lição em um bandido em TARZAN E A DEUSA VERDE (1938)
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
HERMAN BRIX.
1-AS NOVAS AVENTURAS DE
TARZAN (The New Adventures of Tarzan). Ano: 1935. Direção: Edward A. Kull.
2-TARZAN E A DEUSA VERDE
(Tarzan and the Green Goddess). Ano: 1938. Direção: Edward A. Kull
GLENN
MORRIS (1912-1974)
Em 1938, o campeão olímpico de luta Glenn Morris (1912-1974) foi escalado para tentar de vez destronar Johnny Weissmuller. Sem nenhuma experiência em cinema, Morris atuou em A Vingança de Tarzan (Tarzan's Revenge). Contudo, este também não foi páreo para Weissmuller, apesar do excesso de músculos. De 1939 a 1948, o público aceitou apenas um Tarzan: Johnny Weissmuller.
Glenn Morris em TARZAN, O VINGADOR (1938)
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
GLENN MORRIS.
1-TARZAN, O VINGADOR (Tarzan's Revenge). Ano: 1938. Direção: D. Ross
Lederman.
LEX BARKER (1919-1973)
Após quinze anos vivendo o personagem, Johnny Weissmuller
passou o cetro de Rei das Selvas para
Lex Barker (1919-1973), vindo de uma família abastada e que havia servido na
Infantaria durante a II Guerra.
Lex Barker, com Breda Joyce e Chita.
Lex Barker e dois amigos, posam juntos com Edgar Rice Burroughs (sentado)
Fluente em cinco idiomas, Barker adotou o mesmo
estilo de interpretação de seu antecessor, isto é: Tarzan continuava um ser
monossilábico. Atuou em cinco filmes como o personagem para a RKO até 1953.
Para o público feminino, Lex Barker foi o Tarzan mais bonito do cinema.
Lex Barker é considerado o mais belo Tarzan pelo público feminino.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
LEX BARKER.
Barker como Tarzan em luta com o vilão Henry Kulky: TARZAN E A MONTANHA SECRETA (1949)
1-TARZAN E A MONTANHA
SECRETA (Tarzan's Magic Fountain). Ano: 1949. Direção: Lee Sholem.
2-TARZAN E AS ESCRAVAS
(Tarzan and the Slave Girl). Ano: 1950. Direção:Lee Sholem.
3-TARZAN EM PERIGO (OU
TARZAN NA TERRA SELVAGEM - Tarzan's Peril ). Ano 1951. Direção: Byron Haskin.
Lobby Card de TARZAN E A FÚRIA SELVAGEM (1952)
4-TARZAN E A FÚRIA
SELVAGEM (Tarzan's Savage Fury). Ano 1952. Direção: Cy Endfield.
5- TARZAN E A MULHER DIABO (Tarzan and the She-Devil). Ano: 1953. Direção: Kurt Neumann.
GORDON
SCOTT (1926-2007)
Em 1954, um salva-vidas de um hotel de Las Vegas, que
tinha sido instrutor de armas e de lutas durante a II Guerra, professor de
musculação, policial, vaqueiro, e lutador profissional, e com 19 cm de bíceps,
foi descoberto e escolhido para ser o novo Tarzan das telas. Seu nome era
Gordon Scott (1926-2007).
Gordon Scott - O Tarzan "marombeiro" das telas.
Gordon Scott numa cena de TARZAN, O MAGNÍFICO (1960). Atrás, esta Jock Mahoney (que mais tarde substituiria Scott no papel)
Foi o primeiro intérprete a filmar na África, e também
foi a primeira vez que o público via um Tarzan mais inteligente e articulado, que agradou também ao público adulto. Scott fez seis filmes como Tarzan, mas
nunca se sentiu a vontade com animais, pois achava que os animais não gostavam
dele. Um leão já o tinha mordido e arrancado o naco da perna, e um rinoceronte
praticamente passou por cima dele. Trabalhar com animais ficou mais perigoso à
medida que o público exigia mais realismo nas cenas.
Scott em seu primeiro filme no papel - TARZAN E A SELVA MISTERIOSA (ou TARZAN E OS SELVAGENS, 1955). Ao lado, Vera Milles, que tornaria sua esposa no fim das filmagens.
Scott com Sara Shane, no filme considerado o mais sério e violento do personagem: A MAIOR AVENTURA DE TARZAN (1959)
Contudo, mesmo com seus receios, o musculoso Scott ganhou
respeito dos nativos ao montar uma girafa selvagem durante as filmagens na
África. Entretanto, ele precisou da ajuda de seis homens para se safar do
aperto de uma cobra píton durante as filmagens de Tarzan e a Tribo Nagasu (Tarzan's
Fight for Life), em 1958.
Gordon Scott pegando amizade com nativos na África.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
GORDON SCOTT.
1- TARZAN E OS SELVAGENS
(OU TARZAN E A SELVA MISTERIOSA). Ano 1955. Direção: Harold D. Schuster.
2-TARZAN E A EXPEDIÇÃO
PERDIDA (Tarzan and the Lost Safari ). Ano: 1957. Direção: H. Bruce
Humberstone. 3- TARZAN E A TRIBO NAGASU (Tarzan's Fight for Life). Ano: 1958. Direção: H. Bruce Humberstone.
4-TARZAN E OS CAÇADORES
DE PELE (Tarzan and the Trappers). Ano: 1958. Direção: Charles Haas, Sandy Howard (PARA A TV)
5-A MAIOR AVENTURA DE
TARZAN (Tarzan's Greatest Adventure). Ano 1959. Direção: John Guillermin.
6-TARZAN, O MAGNÍFICO
(Tarzan the Magnificent). Ano: 1960. Direção: Robert Day.
DENNY MILLER (1934-2014)
Denny Miller (1934-2014) foi escolhido pela MGM para
interpretar o personagem na refilmagem do primeiro filme de Weissmuller, Tarzan,
o Filho das Selvas (Tarzan, the Ape
Man), em 1959. Miller, que havia sido jogador de basquete, declarou numa
entrevista:
Denny Miller no remake de TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (1959)
“Era como estar num circo. Monte naquele
elefante, mergulhe daquela árvore no lago, balance os cipós e beije a garota.
Por que eu, Deus?” Em vez de filmarem na África, filmaram num terreno atrás
dos estúdios da Metro. E como aconteceu com Scott, Miller também teve que se
defrontar com animais imprevisíveis.
Denny Miller como Tarzan e Joanna Barnes é Jane: TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (1959)
Um leão o arranhou nas costas, e Miller
teve que ir a enfermaria levar pontos, voltando imediatamente ao trabalho. Mas
apesar de todos os perigos, os produtores e roteiristas continuavam a colocar
Tarzan em situações difíceis, porque o público esperava aventuras mais ousadas
e maiores.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
DENNY MILLER.
TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (Tarzan the Ape Man). Ano 1959. Direção:
Joseph M. Newman.
JOCK
MAHONEY (1919-1989)
Nunca os perigos de se interpretar Tarzan foram tão
evidentes na década de 1960. Um astro cowboy de faroestes de baixo orçamento e
ex-dublê Jock Mahoney (1919-1989), tinha 43 anos quando foi escolhido para ser
o novo Homem Macaco, em 1962.
Jock Mahoney em TARZAN VAI A ÍNDIA (1962)
Mahoney em OS TRÊS DESAFIOS DE TARZAN (1963) - Um ótimo roteiro e um dos melhores filmes (e mais caros) já produzidos com o Homem Macaco.
Mahoney
tinha a mesma idade de Lex Barker (o intérprete que sucedeu Johnny Weissmuler),
e estranhamente fora cotado em 1949 para suceder o ex-nadador e campeão olímpico no papel, contudo Barker foi o escolhido. Mahoney como stuntman
chegou a dublar Lex em alguns filmes, tal como fizera tempos
atrás Frank Merrill com Elmo Lincoln.
Jock Mahoney em OS TRÊS DESAFIOS DE TARZAN (1963)
Dois anos antes, Mahoney havia sido um vilão no último
filme de Tarzan com Gordon Scott, Tarzan
o Magnífico (Tarzan the Magnificent),
onde sem o apoio de dublês, os dois no fim tem uma luta feroz em plena
cachoeira da África. Ao assumir o posto, Mahoney, que fez apenas dois filmes
como o personagem, Tarzan vai a Índia (Tarzan Goes To India, 1962) e Os Três Desafios de Tarzan (Tarzan's Three Challenges, 1963), embora
experiente em cenas de perigo, feriu-se seriamente durante as filmagens, e acabou
perdendo 20 quilos depois de uma disenteria e febre.
A força de Tarzan através de Jock Mahoney em OS TRÊS DESAFIOS DE TARZAN (1963)
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
JOCK MAHONEY.
1- TARZAN, O
MAGNÍFICO(Tarzan the Magnificent). Ano 1960. Direção: Robert Day. (OBS: Mahoney
vive o vilão. Tarzan vivido por Gordon Scott).
2-TARZAN VAI A ÍNDIA
(Tarzan Goes to India). Ano 1962. Direção: John Guillermin.
3-OS TRÊS DESAFIOS DE
TARZAN (Tarzan's Three Challenges). Ano 1963. Direção: Robert Day.
MIKE HENRY (Nascido
em 1936)
Mike Henry talvez tenha tido o privilégio de ser o Tarzan
mais sarado e o de melhor físico do
cinema, o mais próximo do physique du
role do personagem traçado por Burroughs, e fiel aos traços dos desenhistas
dos quadrinhos, como Burne Hogart e Russ Manning. Entretanto, a sorte não lhe
bateu ao aceitar o cetro antes pertencido a Weissmuller, Lex Barker, e Gordon Scott.
Mike Henry em TARZAN E O MENINO DA SELVA (1968)
Henry e Manuel Padilla Jr - TARZAN E O GRANDE RIO (1967)
Cotado para fazer o papel numa série de TV que seria
produzida por Sy Weintraub (1923-2000), este produtor dos filmes de Tarzan
desde que Sol Lesser lhe vendeu os direitos em 1957, Henry fez apenas três
filmes como o personagem: Tarzan e o Vale
do Ouro (Tarzan and the Valley of
Gold,1966), Tarzan e o Grande Rio
(Tarzan and the Great River, 1967), e
Tarzan e o Menino da Selva (Tarzan and the Jungle Boy, 1968). Os
três filmes tiveram locações no Brasil e no México.
Tarzan (Mike Henry) em furiosa luta contra o líder cruel Barcuna (Rafer Johnson): TARZAN E O GRANDE RIO (1967)
Henry foi o décimo quarto da dinastia de intérpretes, mas
nem por isso foi feliz. Ridicularizado pelos extras brasileiros ao ser flagrado
assustando-se com uma vaca em locações na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (na época,
praticamente uma verdadeira selva). A maré de azar para o ator se complementou
quando o chimpanzé que fazia a Chita lhe mordeu o queixo. Henry passou três dias
delirando de febre e ainda levou três semanas para se recuperar. Como vingança,
o ator ainda moveu processo contra o estúdio e seu produtor, exigindo US$70.000
dólares de indenização. Com isso, Mike Henry desistiu da série de TV.
Mike Henry, Manuel Padilla Jr, e Jan Murray: TARZAN E O GRANDE RIO (1967)
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
MIKE HENRY.
1- TARZAN E O VALE DO
OURO(Tarzan and the Valley of Gold). Ano 1966. Direção: Robert Day.
2-TARZAN E O GRANDE RIO
(Tarzan and the Great Rive). Ano 1967. Direção: Robert Day.
3-TARZAN E O MENINO DA
SELVA (Tarzan and the Jungle Boy). Ano 1968. Direção: Robert Gordon.
RON
ELY (Nascido em 1938)
Com a desistência de Mike Henry para o papel na série
televisiva, o escalado foi um texano de 28 anos chamado Ron Ely. Mas ousado que
Mike Henry, Ely insistiu em fazer ele mesmo todas as cenas de ação nos 57 episódios
e duas temporadas filmadas no Brasil e no México.
Por pouco Ely escapou da morte com cenas de luta entre um
tigre e um leão. O Tarzan de Ely parecia resgatar os traços originais de Edgar
Rice Burroughs, pois era inteligente, articulado, bem educado, com formação
acadêmica, e de quebra, perito em Karatê.
Ron Ely no popular seriado televisivo como TARZAN
O encontro de dois Tarzans: Jock Mahoney viveu um coronel ditador em um dos episódios da série estrelada por Ron Ely.
O diretor James Komack, que dirigiu alguns episódios da
série, numa entrevista dada para a revista TV
Guide, disse certa vez ter ouvido de Ron Ely a seguinte frase: "Essa é a minha grande chance. Eu nunca tive
um papel de destaque. Eu nunca estive numa série de qualidade. É uma boa
sensação, tão boa que, de certo modo, custo muito a acreditar que me machucarei
seriamente". A palavra "seriamente" era utilizada de forma
muito subjetiva por Ron Ely.
Mas o próprio ator observava a questão do perigo, e certa
vez, ele mesmo declarou:
“Se é algo que eu
sinto que posso fazer, eu devo fazer sozinho. Não é bom vender algo que não
seja verdade. Eu quero fazer com que o telespectador acredite que eu sou Tarzan”.
Diahan Williams e Neville Brand, convidados especiais no episódio ALEX, O GRANDE (1967)
Tarzan (Ron Ely) cercado pelas freiras vividas por Diana Ross e suas Pretenders, no episódio O CONVERTIDO (1968)
E Ron Ely realmente convenceu, não obstante as escoriações, os hematomas, os tombos, as fraturas, os cortes, os machucados e os inúmeros riscos à sua integridade física e à própria vida. Um ator extremamente profissional, preocupado com o respeito e a opinião de seus fãs e dos envolvidos nas filmagens. Três episódios da série de TV de duas partes foram exibidos nos cinemas brasileiros copilados como longa metragens: Tarzan e o Silêncio Mortal (Tarzan and The Deadly Silence, 1966), Tarzan e a Pedra Azul (Tarzan and The Blue Stone of Heaven, 1967), e Tarzan e os Perigos de Charity Jones (Tarzan and The Perils of Charity Jones, 1966). A série de TV contou com a participação de muitos astros famosos, como Neville Brand, Helen Hayes, Ruth Roman, James Whitmore, George Kennedy, e até a cantora Diana Ross e as Pretenders. Hoje, Ron Ely é escritor e participa de convenções sobre Tarzan ao redor dos Estados Unidos.
Sem Jane, nosso herói contentava em ser pai adotivo do menino Jay, vivido pelo já falecido Manuel Padilla Jr.
FILMOGRAFIA DE TARZAN COM
RON ELY (Apenas os filmes exibidos em nossos cinemas).
REUNIÃO DOS TARZANS: Jock Mahoney, Johnny Weissmuller, Ron Ely, e James Pierce, num evento publicitário para a divulgação da série em 1966.
1- TARZAN E O SILÊNCIO
MORTAL (Tarzan and The Deadly Silence). Ano 1966. Direção: Robert Friend
2-TARZAN E OS PERIGOS DE
CHARITY JONES (Tarzan and The Perils of Charity Jones). Ano 1966. Direção: Alex
Nicol.
3-TARZAN E A PEDRA AZUL (Tarzan and The Blue Stone of Heaven). Ano 1967. Direção: William Witney.
CHRISTOPHER LAMBERT (Nascido
em 1957)
Christopher Lambert: Não foi o Tarzan perfeito, mas a história foi até então a mais fiel adaptação do romance de Edgar Rice Burroughs para o cinema.
O Tarzan da vez teve uma carreira elevada e bem sucedida no cinema. Christopher Lambert interpretou o personagem em 1984 em Greystoke, a Lenda de Tarzan, o Rei das Selvas (Greystoke,The Legend of Tarzan, Lord of the Apes), do cineasta Hugh Hudson, até então, a mais fiel adaptação do livro de Edgar Rice Burroughs.
Miles O' Keefe é o Tarzan que entre mudo e sai calado no erótico (?) TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (1981). Versão da história com tons de puro erotismo
OUTROS
INTÉRPRETES E FILMES
Em 1981, houve também um Tarzan produzido para a MGM: Uma
terceira versão do clássico estrelado por Weissmuller, Tarzan, o Filho das Selvas (Tarzan,
the Ape Man), dirigida em 1981 pelo ator John Derek (1926-1998), não passou
de um apelo promocionalmente sexual para beneficiar Bo Derek, então sua esposa, que ele
gostava muito de expor.
Bo Derek é uma Jane que mostra quase tudo em TARZAN, O FILHO DAS SELVAS (1981).
Bo conseguiu fama em 1979 com o clássico Mulher Nota Dez (10), de Blake Edwards, sendo um sucesso de crítica e bilheteria.
Seu marido John achava que o sucesso de Bo se deveu a sua beleza. Logo, o
Tarzan dos Derek (e com Bo como Jane) nem chegou arrecadar metade das bilheterias,
sendo um dos maiores fiascos de todos os tempos. Miles O’ Keefe, em seu
primeiro filme, é um Tarzan musculoso que entra mudo e sai calado todo o filme,
onde o apelo máximo era a relação de erotismo entre O Rei das Selvas e Jane, entre as árvores e os cipós.
No início da década de 1990, uma nova série de TV com o personagem protagonizado pelo surfista Wolf Larson trouxe de volta a telinha o Homem Macaco. E uma outra, intitulada Tarzan, as Aventuras Épicas, com Joe Lara, em meados da mesma década, resgatou a fidelidade dos livros de Edgar Rice Burroughs.
ALEXANDER
SKARSGARD –
O MAIS RECENTE TARZAN NO CINEMA
*O ator sueco Alexander Skarsgård (nascido em 1976) esteve no Brasil (em São Paulo) para promover A Lenda de Tarzan (The Legend of Tarzan, 2016). A mais nova adaptação da história de Edgar Rice Burroughs também trouxe no elenco nomes como Samuel L. Jackson,
Christoph Waltz, Margot Robbie, Djimon Hounsou e Jim Broadbent.
Samuel L. Jackson, Margot Robbie, e Alexander Skarsgard, na nova adaptação do romance de Edgar Rice Burroughs: A LENDA DE TARZAN (2016)
Samuel L. Jackson e Alexander Skarsgard: A LENDA DE TARZAN (2016)
Na trama dirigida por David Yates, responsável pelos
quatro filmes finais de Harry Potter,
passaram-se anos desde que Tarzan assumiu sua identidade "civilizada",
John Clayton III, e partiu para Londres com Jane, vivida pela atriz Margot
Robbie. Convidado pelo Parlamento inglês para representar o país comercialmente
no Congo, ele irá retornar ao lugar onde cresceu, sem saber que será usado pelo
ganancioso capitão belga Leon Rom (Waltz).
Sobre o seu personagem, Skarsgård disse "é sobre um homem que está agarrado atrás e lentamente vai descascando as camadas, ficando num estado mais animalesco, permitindo que esse lado da sua personalidade saia para fora".
KRIG - AH!!! TARZAN BANDOLO!
*Informações baseadas no site do Jornal O Globo.
PALAVRAS
DO EDITOR DO BLOG
Tarzan esta de volta ao seu perfil original, idealizado
conforme o modelo de seu criador, Edgar Rice Burroughs. Como já tive prazer em
ler os livros do escritor, e as quadrinizações publicadas pela saudosa editora
EBAL, será de imensa relevância para o público conhecer o verdadeiro perfil do Senhor das Selvas. Tarzan não é somente
um herói que pula entre árvores, “voa” de cipó, e luta com animais ferozes. Tarzan é talvez o maior mito do século XX e a mais duradoura referência da moderna cultura popular, surgida do cruzamento do sonho com as técnicas de marketing. E ele agora atravessa o século XXI em grande estilo, como um homem inteligente, social, e acima de tudo, honesto e de caráter elevado, tal como Burroughs o idealizou. Por isso mesmo que Tarzan garantiu sua imortalidade, sendo o modelo perfeito da natureza indomável do ser humano.
Paulo Telles
Produção
e Pesquisa:
PAULO
TELLES ASSISTA AO TRAILER "A LENDA DE TARZAN" LEGENDADO.
As Maiores Trilhas Sonoras da Sétima Arte, e em todos os tempos!
Excelente matéria, Paulo. Além de tudo que você mencionou, gostaria de destacar a épica batalha entre TARZAN e os leões, seguida do incrível confronto entre os leões e elefantes, no filme A COMPANHEIRA DE TARZAN. Torço pelo sucesso deste novo filme não por ser fã e colecionador de Tarzan, mas para que hajam sequências deste personagem que tanto tem ainda a oferecer e a ser explorado. Abraços !!!
A pretensão de David Yates é justamente fazer sequencias de histórias com Tarzan com base nos livros originais sem perder o espírito de seu personagem, e isto se tudo der certo nesse primeiro trabalho. Yates se deu muito bem com HARRY POTTER nos quatros últimos filmes da série. Ele agora é a esperança de resgate para “O Rei das Selvas” em seu formato original, tal como idealizou Edgar Rice Burroughs, que obrou diversas histórias que até hoje encantam o mais sonhador dos leitores.
Uma matéria de belas informações, boa de ler e muito dinâmica. Adorei os escritos no espaço.
Ví poucos filmes de Tarzan, sendo o Gordon Scott quem mais vi em ação. Mas, o que eu gostaria mesmo de ter visto muito mais era o Weissmuller, pois assisti apenas alguns muitos poucos filmes dele que a Globo exibia tempos atrás.
No entanto, eu vi a Sullivan bem à vontade no filme muito censurado do Tarzan. A vi nadando muito ao lado de Tarzan e ela mostra muito do seu corpo, apesar de saber que ali havia uma dublê. Não importa. A minha mente me dizia que eu via a Sullivan.
Acho que vi dois filmes do Lex Barker. Mas, aconteceu uma ocorrência por mim observada que quebrou dentro de mim sua imagem de Tarzan: "ele usava sapatilhas!" E isso foi, pra mim, um pecado. Tarzan sempre foi visto descalço. Mas, não o Barker. Não posso imaginar que brutamontes teve esta ideia de calçar o Tarzan do Lex Barker.
Vi também o filme horrível do Derek com a Bo. Que absurdo fazer aquilo. E ainda soube que foi rodado no Rio de Janeiro, com um Tarzan inexistente e ainda li que um leão quase mata a Bo, fazendo-a correr para dentro do mar para não ser vitimada. Mas saiu arranhada.
Não recordo muito, mas vi alguma coisa com o Ron Ely, pois ele não se me mostrou estranho.
Entretanto, até que o novo A Lenda de Tarzan seja visto por mim, o filme do Hugh Hudson ainda é o que consigo ver como o melhor de todos que assisti. Ele mostra algo que jamais havíamos visto nos filmes do gênero. E é um bom filme, bem feito e tem as mãos do muito perfeccionista Hudson na direção e que já havia feito o bom Carruagens de Fogo em 1981.
Entretanto, foi mesmo o Johnny Weissmuller quem mais agradou no papel. Como o seu Tarzan não falava, ele se saía bem, apenas exibindo seu belo físico, dando mergulhos, gritando e correndo atrás de animais ou deles. As fotografado de seus filme sempre foram muito boas, as lentes dos diretores sempre o pegaram em ângulos cuidadosos e sempre favoráveis, criando filmes com um P&B sempre de primeira linha. Não podemos mesmo negar que ele foi o melhor no papel.
De um modo geral foi feita uma matéria excelente, nos mostrando aspectos do Heroi de Edgard que nem de longe sabíamos existir. Parabéns pela enorme pesquisa e pela distribuição de fácil entendimento durante toda a leitura.
Fica difícil realmente dizer se O’ Sullivan usou uma “dublê de corpo” para a polêmica cena. Fontes dizem que sim, outras não. Eu, como vc, sinto que ela não usou dublê, mesmo porque nesta época não havia dublagem para isso. Isso aconteceu mais recentemente de uns 30 ou 40 anos pra cá. A Angie Dickinson usou uma profissional para dubla-la em suas cenas de nudez no clássico VESTIDA PARA MATAR, de Brian de Palma.
Falando em Tarzan!
Não sei explicar porque o Lex usou um tipo de calçado parecido com o CONGA, coisa que a gurizada da minha geração infantil usava muito e eu detestava (gostava mais do Kichute). Foi uma falha crassa que cercou o primeiro filme de Lex Barker no Papel.
Falando sobre a TV GLOBO, nas férias de 1978 (entre janeiro e março), a emissora exibiu um festival de filmes de Tarzan todos os sábados à tarde. Ainda criança eu cheguei a assistir os filmes do Weissmuller, Barker, e Scott, e perguntava pra mim porque eles eram diferentes do Ron Ely, que foi meu primeiro referencial do personagem? Verdade! Só com o tempo e o entendimento em avanço que pude entender melhor essa compreensão e diferença em adaptações, ainda mais quando me apresentaram Tarzan nos livros. Aí sim, nada tinha a ver com Hollywood.
Como eu disse para um amigo no face, acho que Christopher Lambert foi o Tarzan errado no filme certo. O filme de Hudson ainda é referência. Contudo, anseio em ver esta nova adaptação, com um ator que lembra os traços físicos do personagem nos quadrinhos (de Joe Kubert, um dos melhores desenhistas de Tarzan nos gibis) – ALEXANSER SKARSGARD – E pela sinopse, tem tudo a ver com o espírito criativo de seu autor.
Gosto de todos os intérpretes de Tarzan, cada um a sua maneira, e muito embora o notável Weissmuller caísse no conceito popular, foi um Tarzan carismático, mas não o melhor. No gosto deste editor, fico com Gordon Scott, Lex Barker, e Ron Ely. Mike Henry até que não foi mal, se não fosse uma onda de azares que o fez desistir de ser o intérprete na televisão.
Agradeço pelo cumprimento amigo. Abraços cinéfilos e tarzanistas do editor.
só uma resalva, o Herman Brix/Bruce Bennett fez só um, (Tarzan e a Deusa Verde é o relançamento condensado do seriado, talvez para aproveitar a mudança do nome do ator) as filmografias atuais já corrigiram, por sinal só me faltam 3 filmes de Tarzan - "O Romance de Tarzan" - com Elmo Lincoln, " A Vingança de Tarzan - com Gene Pollar e "Tarzan o Poderoso" - com Frank Merrill, ou seja na prática só 1 Tarzan que eu não conheço o Gene Pollar.
Correto Luiz Rocha, mas na filmografia de Tarzan (segundo IMDB) incluí estes dois, muito embora o segundo (de 1938) seja relançamento condensado do seriado original de 1935, mas Bennett só fez um filme como o herói, o que é uma pena. Cumprimentos!
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Grato.
O EDITOR
“Posso não Concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dize-la”
Parabéns. Ficou bem completa
ResponderExcluirAinda tinha muita coisa a ser dita, Marcus Pacheco, mas isso ficará para outras matérias. Abraços!
ExcluirQue belo trabalho !! Parabéns !!
ResponderExcluirObrigado Lau Shane! Abraços do editor!
ExcluirExcelente matéria, Paulo. Além de tudo que você mencionou, gostaria de destacar a épica batalha entre TARZAN e os leões, seguida do incrível confronto entre os leões e elefantes, no filme A COMPANHEIRA DE TARZAN. Torço pelo sucesso deste novo filme não por ser fã e colecionador de Tarzan, mas para que hajam sequências deste personagem que tanto tem ainda a oferecer e a ser explorado. Abraços !!!
ResponderExcluirÉ O que penso também, caro Ovídio!
ExcluirA pretensão de David Yates é justamente fazer sequencias de histórias com Tarzan com base nos livros originais sem perder o espírito de seu personagem, e isto se tudo der certo nesse primeiro trabalho. Yates se deu muito bem com HARRY POTTER nos quatros últimos filmes da série. Ele agora é a esperança de resgate para “O Rei das Selvas” em seu formato original, tal como idealizou Edgar Rice Burroughs, que obrou diversas histórias que até hoje encantam o mais sonhador dos leitores.
Obrigado por comentar! Abraços do editor!
Excelente texto amigo Paulo Telles,gostei muito de conhecer um pouco mais do rei da selva, através do seu blog.
ResponderExcluirMeu jovem amigo Samir! Satisfação em tê-lo aqui participando do espaço!
ExcluirAbraços do editor e uma semana abençoada.
Bela pesquisa e post! A foto com os 4 Tarzans com o cipó é muito legal.
ResponderExcluirAgradeço sua participação e cumprimento Valdemir!
ExcluirAbraços do editor.
Telles,
ResponderExcluirUma matéria de belas informações, boa de ler e muito dinâmica. Adorei os escritos no espaço.
Ví poucos filmes de Tarzan, sendo o Gordon Scott quem mais vi em ação. Mas, o que eu gostaria mesmo de ter visto muito mais era o Weissmuller, pois assisti apenas alguns muitos poucos filmes dele que a Globo exibia tempos atrás.
No entanto, eu vi a Sullivan bem à vontade no filme muito censurado do Tarzan. A vi nadando muito ao lado de Tarzan e ela mostra muito do seu corpo, apesar de saber que ali havia uma dublê. Não importa. A minha mente me dizia que eu via a Sullivan.
Acho que vi dois filmes do Lex Barker. Mas, aconteceu uma ocorrência por mim observada que quebrou dentro de mim sua imagem de Tarzan: "ele usava sapatilhas!"
E isso foi, pra mim, um pecado. Tarzan sempre foi visto descalço. Mas, não o Barker. Não posso imaginar que brutamontes teve esta ideia de calçar o Tarzan do Lex Barker.
Vi também o filme horrível do Derek com a Bo. Que absurdo fazer aquilo. E ainda soube que foi rodado no Rio de Janeiro, com um Tarzan inexistente e ainda li que um leão quase mata a Bo, fazendo-a correr para dentro do mar para não ser vitimada. Mas saiu arranhada.
Não recordo muito, mas vi alguma coisa com o Ron Ely, pois ele não se me mostrou estranho.
Entretanto, até que o novo A Lenda de Tarzan seja visto por mim, o filme do Hugh Hudson ainda é o que consigo ver como o melhor de todos que assisti. Ele mostra algo que jamais havíamos visto nos filmes do gênero. E é um bom filme, bem feito e tem as mãos do muito perfeccionista Hudson na direção e que já havia feito o bom Carruagens de Fogo em 1981.
Entretanto, foi mesmo o Johnny Weissmuller quem mais agradou no papel. Como o seu Tarzan não falava, ele se saía bem, apenas exibindo seu belo físico, dando mergulhos, gritando e correndo atrás de animais ou deles. As fotografado de seus filme sempre foram muito boas, as lentes dos diretores sempre o pegaram em ângulos cuidadosos e sempre favoráveis, criando filmes com um P&B sempre de primeira linha. Não podemos mesmo negar que ele foi o melhor no papel.
De um modo geral foi feita uma matéria excelente, nos mostrando aspectos do Heroi de Edgard que nem de longe sabíamos existir. Parabéns pela enorme pesquisa e pela distribuição de fácil entendimento durante toda a leitura.
jurandir_lima@bol.com.br
Meu nobre amigo Jurandir!
ExcluirFica difícil realmente dizer se O’ Sullivan usou uma “dublê de corpo” para a polêmica cena. Fontes dizem que sim, outras não. Eu, como vc, sinto que ela não usou dublê, mesmo porque nesta época não havia dublagem para isso. Isso aconteceu mais recentemente de uns 30 ou 40 anos pra cá. A Angie Dickinson usou uma profissional para dubla-la em suas cenas de nudez no clássico VESTIDA PARA MATAR, de Brian de Palma.
Falando em Tarzan!
Não sei explicar porque o Lex usou um tipo de calçado parecido com o CONGA, coisa que a gurizada da minha geração infantil usava muito e eu detestava (gostava mais do Kichute). Foi uma falha crassa que cercou o primeiro filme de Lex Barker no Papel.
Falando sobre a TV GLOBO, nas férias de 1978 (entre janeiro e março), a emissora exibiu um festival de filmes de Tarzan todos os sábados à tarde. Ainda criança eu cheguei a assistir os filmes do Weissmuller, Barker, e Scott, e perguntava pra mim porque eles eram diferentes do Ron Ely, que foi meu primeiro referencial do personagem? Verdade! Só com o tempo e o entendimento em avanço que pude entender melhor essa compreensão e diferença em adaptações, ainda mais quando me apresentaram Tarzan nos livros. Aí sim, nada tinha a ver com Hollywood.
Como eu disse para um amigo no face, acho que Christopher Lambert foi o Tarzan errado no filme certo. O filme de Hudson ainda é referência. Contudo, anseio em ver esta nova adaptação, com um ator que lembra os traços físicos do personagem nos quadrinhos (de Joe Kubert, um dos melhores desenhistas de Tarzan nos gibis) – ALEXANSER SKARSGARD – E pela sinopse, tem tudo a ver com o espírito criativo de seu autor.
Gosto de todos os intérpretes de Tarzan, cada um a sua maneira, e muito embora o notável Weissmuller caísse no conceito popular, foi um Tarzan carismático, mas não o melhor. No gosto deste editor, fico com Gordon Scott, Lex Barker, e Ron Ely. Mike Henry até que não foi mal, se não fosse uma onda de azares que o fez desistir de ser o intérprete na televisão.
Agradeço pelo cumprimento amigo. Abraços cinéfilos e tarzanistas do editor.
Ovidio,
ResponderExcluirDesculpe a intromissão em falar de seu texto.
É que o li e desejo lhe por parabéns por, em tão compacto comentário, exprimir satisfatoriamente seus desejos e pontos de vista.
Adoraria saber dizer tanto em tão pequeno espaço. Mas, não consigo, sempre falando muito para exprimir minhas visões.
Também acredito que a Lenda deste Herói ainda tenha muito a ser mostrado. E esperamos todos que o novo filme venha com todos estes nossos anseios.
Abração
jurandir_lima@bol.com.br
só uma resalva, o Herman Brix/Bruce Bennett fez só um, (Tarzan e a Deusa Verde é o relançamento condensado do seriado, talvez para aproveitar a mudança do nome do ator) as filmografias atuais já corrigiram, por sinal só me faltam 3 filmes de Tarzan - "O Romance de Tarzan" - com Elmo Lincoln, " A Vingança de Tarzan - com Gene Pollar e "Tarzan o Poderoso" - com Frank Merrill, ou seja na prática só 1 Tarzan que eu não conheço o Gene Pollar.
ResponderExcluirCorreto Luiz Rocha, mas na filmografia de Tarzan (segundo IMDB) incluí estes dois, muito embora o segundo (de 1938) seja relançamento condensado do seriado original de 1935, mas Bennett só fez um filme como o herói, o que é uma pena. Cumprimentos!
ResponderExcluir